Tecnologia sem neura

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Internet e educação, como usar da melhor forma?


Desde sua criação na década de 60 (inicialmente sendo usada para fins militares), a internet era meio de obtenção de informações. Com o passar dos anos, o uso da internet foi mudando, a expansão da internet na década de 90 marcou o inicio de uma mudança que perdura até hoje, com muitos potenciais de melhora e crescimento. Sua finalidade continua sendo obter informações. Com o maior alcance e acessibilidade, é usada também para a comunicação, entretenimento, resolução de problemas que anteriormente só poderiam ser resolvidos pessoalmente... Não é dúvida que a internet é muito útil e adquiriu um papel essencial na vida atual.
Porem, quando o assunto é educação, esse se torna um assunto polêmico, muitos dizem que somente de forma presencial o aluno consegue aprender de fato, outros, aceitam com mais facilidade a integração cada dia maior da internet no cotidiano dos alunos. Entretanto, em vez de escolhermos "um ou outro", podemos pensar em uma junção e complementação entre "um e outro".



É verdade que por ser um meio mais autônomo de aprendizagem, muitos alunos podem apresentar dificuldades no seu uso, como desfocar, ou se perder por não saber selecionar o que realmente é relevante, ou não. Por isso, a orientação e integração da escola e professores com os alunos se torna indispensável. Utilizar o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) por exemplo, que é um software que por EAD (educação à distância) proporciona ao professor distribuir os conteúdos e observar o progresso do aluno em determinado assunto, como também proporciona ao aluno uma maior organização e informação à respeito dos conteúdos e facilidade na entrega de trabalhos, ou resolução de dúvidas com o docente, este meio torna o processo de comunicação muito mais fácil, aproveitando a agilidade provida pela internet de forma favorável a educação.



Dado um exemplo da internet como integradora dos processos educacionais, podemos falar de outro aspecto da web que atrai muitos alunos que precisam aprender ou tirar dúvidas. Os blogs, como este em que você se encontra. Criados muitas vezes por professores ou estudiosos de um assutass em específico, os blogs e sites se tornam um meio escrito da apresentação de assuntos. Se você é aluno, aqui vão algumas dicas de blogs e sites que podem te ajudar a estudar, só clicar na matéria que precisar:
Para português, matemática, geografia, história, fisica, química.


Outro meio para aprender via pc ou celular, são as vídeo-aulas. Cada ano seguinte ao "nascimento" do Youtube trouxe consigo professores, e alunos que compartilham seus aprendizados por meio de video, onde o estudante pode pausar, voltar, acelerar, tirar dúvidas, e escolher qual professor mais se adequa ao seu modo de aprender, ou tem um método preferido pra sua aprendizagem. Alguns dos canais que indicaria são:
Biologia (com o professor Jubilut), Matemática (com o Me Salva!), História e redação (com a Débora Aladim) ou Matérias diversas (com o Aula De).


Se certificando de ter encontrado uma fonte de informações seguras e confiáveis, pelo meio, e com o método que mais te intesse, a educação online está a um clique de distância.




Software livre, o que são e como usá-los?


Comecando pelo começo (de forma bem redundante rs) podemos dizer que, segundo a Fundação do software livre (Free Software Foundation) o software livre é qualquer programa baseado em 4 liberdades que sao:
1-  Executar o programa para qualquer propósito.
2- Ter acesso ao código fonte para poder estudar o funcionamento do programa e adaptar para qualquer necessidade.
3- Redistribuir o programa depois de adaptado.
4- Poder aperfeiçoar o software e liberar esses updates para o benefício dos procimos a utilizarem.

Se o programa cumpre essas 4 liberdades de forma permanente, ele é um software livre.
Ou seja, falou em software livre, lembrou de "liberdade". Mas, vale lembrar que nem todo software livre é gratuito, e essa característica não é um pré requisito para um programa ser classificado livre.


Existe uma diferença entre "Open Source" e Software livre?
Sim! Por mais que haja confusão entre as duas palavras, Open Source (código aberto), é um programa em que o usuário pode modificar o programa ou adaptar, mas, o desenvolvedor original do programa determina as condições de uso e de distribuição. Normalmente exigem mais conhecimentos técnicos, enfao os códigos abertos são geralmente manipulados por programadores, ou conhecedores mais a fundo da área. O navegador Mozilla Firefox é um exemplo de código aberto, sem ser software livre.


Mas agora que sabemos o que é, como usar o software livre, onde achar?

Bem, você ja deve ter ouvido falar sobre o Linux (que faz parte, e é o nucleo do sistema GNU). Você também ja deve ter ouvudo ou usado o GIMP, que é um programa de edição de imagens de código livre (alternativa para o Photoshop). O Inkscape que permite a criação de ilustrações ( alternativa ao Illustrator). O Audacity, que permite a edição de áudios. Entre muitos outros. Se você ja usou algum deles, você já teve contato com softwares livres, pelo menos o contato de uso.
Para ter o contato de modificação do programa, é preciso ir um pouco mais além, e explorar um pouco sobre programas e linguagens de programação. Mas, você pode começar com alguns vídeos no YouTube, tutoriais online, ir testando, e aprendendo.


Como sempre, direcionando para a área educacional, também existem tutoriais de como utilizar software livre na gestão educacional, deixo o vídeo abaixo.


E, os softwares livres também podem ser usados para a educação de fato. Temos isso com os REA, que também já foram abordados aqui no blog.

Como podemos ver, os softwares livres e de codigo aberto trazem um novo mundo de informações, o qual vale muito a pena estudar, modificar, e divulgar seus novos conhecimentos para quem quiser.




quarta-feira, 25 de julho de 2018

Exclusão digital



Não. O titulo não está errado. Hoje vemos tanto sobre inclusão digital, e esquecemos que para que precise existir a inclusão, antes, há a exclusão e o excluído. Exclusão digital é privar uma população de um mundo de informação e conexão, que hoje, são tão comuns para outros.


Vamos trabalhar com significados... enquanto Inclusão digital: consiste em disponibilizar para todos os cidadãos, de modo igualitário, a oportunidade de ter acesso às tecnologias de informação e comunicação (TIC's). A Exclusão digital é: não ter conhecimento nem condições econômicas ou geográficas para ter acesso ao mundo da informática, ficando por fora da realidade do cotidiano do país e do mundo. Em outro idiomas o termo usado é "brecha digital", esse termo torna mais concreta a intenção de falar sobre a diferença entre os que são incluídos ou excluídos.


Sabemos que apenas o acesso a um tipo de linguagem ou o consumo de aparelhos tecnológicos não são a solução dos problemas da sociedade mas, a exclusão tecnológica agrava e reproduz as desigualdades sociais que vemos e vivemos diariamente. Mostra a diferença econômica, intelectual, e de oportunidades de uma parcela da sociedade e outra.


Na educação, vemos a reprodução dentro das escolas, do que acontece fora dela. As diferenças da conectividade entre escolas particulares e publicas são vistas constantemente. Em outros casos, mesmo em situações em que os meios digitais da escola são precários, muitas vezes, esse é a única forma em que os alunos tem a oportunidade de acessar esses meios, seja lá como eles estejam, ou possam ser usados. Assim, a inclusão ocorre por meios da exclusão, a inclusão maquiada. ,


As diferenças de condição de exclusão no mundo podem se dar por território, condições econômicas, politicas públicas, idade entre outros motivos. Segundo pesquisa de 2016 no brasil ainda existem 21 milhões de lares sem acesso a internet. Existem ações que propõem a redução da exclusão digital, como por exemplo: 
-o governo eletrônico, em nível federal e estadual, que disponibiliza na internet os diversos serviços públicos; 
-programas financiados pelo Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), que pretendem conectar as escolas públicas do país à internet; 
-os Telecentros da Prefeitura de São Paulo; as redes universitárias de pesquisas; e os quiosques eletrônicos dos Correios. A iniciativa privada também contribui com esses programas, como é o caso do projeto da Telefônica para levar internet em banda larga às escolas públicas estaduais paulistas. (informações retiradas do site pedagogia ao pé da letra)

Essas ações são um passo para redução da exclusão, mas para pensar em escala nacional ou global, ações maiores e integradas são necessárias, e para que isso aconteça, a divulgação da necessidade da inclusão real é necessária, cada passo conta, para que seja mais democratizada o acesso à informação.



quarta-feira, 11 de julho de 2018

Radio, áudio, e educação. O que tem a ver?





O rádio, primeiro aparelho eletrônico voltado à comunicação em massa, nasceu no século XIX, e ganhou popularidade nos anos 30 do século passado. Por muito tempo, o aparelho foi o único meio de informação das pessoas e até hoje continua sendo o maior instrumento de comunicação do mundo, dado o seu baixo custo e facilidade e rapidez de produção. Por conta disso, essa ferramenta vem, a cada dia, sendo trazida também para os currículos escolares, já que por meio do rádio é possível trabalhar – coletivamente – diversos conteúdos.


As ondas sonoras, ou o áudio, atinge todo o mundo, com ele, não é preciso tempo para assistir ou para ler, aliás, não é necessário nem saber ler. Hoje, pode ser transmitido pelo youtube, celular, carro, e é usado em escolas, comunidades, e diversos outros campos.


O não saber, muitas vezes, a imagem da pessoa que está falando é um fator instigante do rádio. Ele mexe com a imaginação, partindo do ponto de que você não sabe quem ou como é a pessoa a quem está ouvindo. Vamos testar?

Ouça essa faixa de áudio, e imagine, somente pelo som, a pessoa que é dona dessa voz.


 
Agora, (após ouvir o áudio) clique neste link para ver a pessoa que estava cantando.


E aí? Foi semelhante a sua imaginação? Na rádio, a mesma coisa acontece, porém, em uma escala muito maior. Enquanto você ouve o noticiário, ou a musicas, você não sabe ao certo quem está a ouvir, e isso, é um exercício de imaginação. O que torna a experiência auditiva, muito mais interessante.

Mas como se daria o uso da rádio nas escolas?  A ideia do uso da rádio nas escolas é a produção do conhecimento. Levar a rádio para dentro da escola pode ajudar inclusive alunos tímidos que se recusariam a fazer trabalhos de teatro ou vídeo, com o uso somente da voz, eles podem se sentir mais á vontade, desenvolvendo a oralidade, e ao mesmo tempo, ajudando com a timidez.


Mas não somente em escolas a rádio pode ser usada para fins educativos, em diversas faculdades isso já vem acontecendo, como é o caso da Rádio FACED, da UFBA, que transmite conteúdo disponibilizado e produzido por meio de software livre.






Sendo fundada principalmente com o objetivo educacional, para analfabetos e trabalhadores, hoje, além de ocupar esse papel, a rádio pode atingir múltiplos objetivos, para o público em geral, basta entrar em sintonia, e navegar nas "suas ondas".






quarta-feira, 20 de junho de 2018

Uso de simuladores na educação


Os simuladores são cada vez mais frequentes e presentes na educação. Hoje, podemos encontrar simuladores para as mais diversas finalidades, e em diversos meios. Quem nunca jogou/usou no celular, tablet, computador, consoles de jogos eletrônicos (entre outros) jogos que simulam a vida real (como o The sims), ou com missões baseadas na vida real unidas com a direção de carros (GTA ) e muitos outros mais simples como o antigo Tamagotchi ou sua "nova versão" o Pou?


Seja qual for o meio de uso, os simuladores podem ser usados tanto para distração, quanto para assuntos mais sérios. Nas escolas de direção desde 2017 é obrigatório o uso de simuladores antes mesmo de serem feitas as aulas práticas com o aluno. 


No campo da medicina também se apresentam os mais diversos simuladores, sejam eles físicos ou virtuais. Simuladores físicos imitando o corpo humano de forma bastante fiel , e simuladores por meio de softwares para simulação de cirurgias e procedimentos são utilizados. 



Na área da aviação não é diferente. Os futuros pilotos, também passam por aulas nos Simuladores Profissionais de Voo (FSTD). Segundo a ANAC, o uso de simuladores influi diretamente no custo do treinamento e no impacto ambiental gerado pela queima de combustível, reduzindo a “pegada de gás carbônico” da atividade do Sistema de Aviação Civil. 


Na pesquisa o interesse não é substituir a realidade mas fazer com que a pessoa possa passar por muitas experiencias em pouco tempo, hoje, grandes pesquisas são feitas em simuladores. É bastante comum nos Estados Unidos, por exemplo, a educação sexual ser abordada por meio de bonecos, onde os adolescentes simulam a vivência com um bebê real. Em alguns lugares do Brasil, essa iniciativa também marcou presença.


Mas e nas escolas que só dispõem de computador? E na educação básica, como usar os simuladores de forma prática? A física, química, biologia e matemática são bons exemplos para isso. Matérias que muitas vezes despertam dificuldades nos alunos, podem ser simplificadas se obtiverem uma aplicação prática. E o site do Phet - Simulações Interativas, da Universidade do Colorado, traz diversas simulações gratuitas que podem ser feitas com os alunos em sala de aula. 


E aí? O que está esperando pra deixar a simulação fazer cada vez mais parte da sua vida, e da sua prática docente?











quarta-feira, 13 de junho de 2018

Cibercultura e Cultura digital. É tudo igual?

Estamos fortemente ligados à tecnologia. Seja qual for o dispositivo que usamos pra ter acesso à internet, ele é capaz de nos conectar a um mundo inteiro. A rede formada, e a alimentação feita por esses usuários é contínua, e cresce diariamente. 

Mas, qual seria então a diferença, entre cibercultura e a cultura digital?

Antes, de saber a diferença, é essencial saber o que é cultura em sí.
Cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade da qual é membro.





 Já a cibercultura diz repeito á cultura contemporânea que é marcada pelo digital, e pelo estudo de suas técnicas, ocorrendo no ciberespaço. Se você está lendo este texto agora, tem rede social, ouve musicas, faz pesquisas, você está inserido na cibercultura. Já a cultura digital, é a produção e comunicação por meio dos meios digitais surgidos, alguns chegam a afirmar que ela teve inicio apos a primeira guerra, quando se iniciou o processo de digitalização.  


Para concretizar o pensamento, podemos pensar na Cultura digital como um grande espaço, onde está inserida a Cibercultura, elas, junto a outras manifestações de cultura, formam a cultura contemporânea.

E qual a relevância da cultura digital na aprendizagem? Segundo a professora Rose Cerny, por meio do portal do MEC, um dos principais benefícios da cultura digital na escola é a possibilidade de o estudante estar em rede, participar de comunidades de aprendizagem e não ficar isolado, restrito à sala de aula. Cabe então aos educadores e alunos, fazerem o melhor uso possível, das ferramentas que possibilitam a inserção no ciberespaço.










segunda-feira, 11 de junho de 2018

A imagem e seu papel

A imagem é usada como meio de comunicação e como forma de exibição de pensamentos há muito tempo. Pinturas rupestres e Hieroglifos egípcios, por exemplo, expressavam as ideias e o cotidiano das pessoas que viviam nessas épocas.

Pinturas rupestres

Hieróglifo

 Com o decorrer do tempo, a imagem também passou por evoluções; seja em qualidade, meios de exibição, ou no seu papel na comunicação. Usamos imagens desde um emoji que mandamos para expressar nossa emoção ou reação, até uma placa de trânsito ou outdoor para indicar e exibir diversas coisas. 





A questão é que, a imagem não é mais meramente ilustrativa, ela é capaz de expressar, comunicar, e transmitir informações. Deixou de ser apenas um meio coadjuvante, para ser meio protagonista. 
Assim, usar a imagem na educação se torna muito mais profundo. Usar representações reais em matérias além da área de humanas, como física, química, ou matemática, pode levar o aluno a adquirir um aspecto real e prático, facilitando o aprendizado.
Por isso, o desenvolvimento de uma nova pedagogia, que faça com que a imagem tome novas proporções, auxiliando o aluno no processo de ensino aprendizagem, é essencial. 
Uso na Educação Infantil, para ajudar a explicar e expressar emoções.
Uso na física
Uso em Química.

Usando a criatividade, é possível tornar o processo de aprendizagem muito mais leve e fluído, e assim aderir à imagem, como meio educacional efetivo.




Falando sobre o Inkscape

Antes de tudo, por que falar sobre o Inkscape?





 Segundo a descrição do seu próprio site, Inkscape é um editor de gráficos vetoriais de qualidade profissional para Windows, Mac OS X e Linux. É gratuito e de código aberto.Ou seja acessível e renovável.Bitmap e vetoriais são as duas caracteristicas de imagens existentes. Mas qual a diferença entre eles?
Bem, as imagens de em bitmap são contruídas por pixels formadas por milhares de pontos coloridos, que juntos, formam as imagens.



Já as imagens vetoriais, são construídas através de combinações matemáticas e geométricas entre a ligação de pontos e segmentos de linhas.



E agora, observe uma comparação entre os dois tipos de imagem


Para suavizar um ponto ao outro, utilizamos a "Curva de Bezier"  que também é capaz de criar formas à mão livre, porém com traços mais definidos gerados pelo programa.

As funções desempenhadas pelo Inkscape também podem ser feitas com alguns outros editores de imagem, como o Photoshop, por exemplo. Porém, assim como o Photoshop, a grande maioria dos outros editores são pagos, e possuem código fechado, ou seja, apenas o criador do programada tem permissão para mudar o mesmo. Por ser aberto, o Inkscape dá ao usuário a liberdade de mexer e remexer na estrutura do programa, e que sabe, já que o programa foi adquirido de forma gratuita, você não pode usá-lo para produzir material educacional aberto? É uma boa pedida!
Fica aqui o link para baixar o programa.
E logo abaixo, o símbolo do sistema Linux um pouco renovado. Minha primeira criação no programa.

E aí? Que tal colocar a mão na massa e começar a criar? Segue um tutorial simples de como começar.